vestida por Berenice.
Escada abaixo, com quadris
que chacoalhavam o mundo.
Ela olhou para e através
de cada um dos presentes.
Cada gesto, cada olhar,
lábios abrindo-se macios para o mundo.
Berenice ascendeu com um cigarro.
Subitamente, os outros é que ficaram sem fôlego.
As conversas circulam pelo salão
Em torno de Berenice a multidão orbita.
Com uma crueldade ímpar,
distribui gestos de afeto.
Cada vitima goza em prantos
sua graciosa maldição.
Ela me persegue a todo instante:
Em olhares não dados,
Em sorrisos ignorados,
Em seu riso afetado.
Amar é morrer, um pouco,
mas amar Berenice
é pura morte, caos e destruição.
Meu coração grita no peito.
Berenice... veste o pranto.
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