19 outubro 2009

Predador


Em cima do muro
Observo eu, o Abutre.
Negro, cruel, destemido.

Observo os seres despresíveis
Os que ousam cruzar seu caminho.
Distante, altivo, um matador.

Passam por mim crianças
Altas, baixas, aperitivos.
Almoço Deliviery, eu aprovo.

Passa então um rapaz.
Se aproxima, faz sinal
Faz "psiu", estala os dedos.
Se aproxima de mim, coitado.

Deixo que ele toque meu pescoço
E quando ele menos espera
Ronrono pelo agrado.

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