30 abril 2010

Sem Título

Descalço correndo pelas ruas
Na Madrugada adentro
Nas solas dos pés gelados
Os ossos já raspam o chão
E reclamam baixinho.

Não sabendo onde acordou,
Exceto que na ruas!
Não sabendo quando acordou!
Exceto que de madruga. Correndo.
Por dias e dias e dias.

29 abril 2010

Longo Adeus!


Ela devolveu o sorriso [i]e o aceno[/i] .
E se foi, levando com ela o meu coração.
(palpitante, palpitante, palpitante)
Dentro daquele ônibus, foi embora.
Mas, tudo bem:
Amanha ela volta!

Desespero!



Doeu-lhe o estômago,
mais do que doera
na surra que ganhara
No recreio.

Não sabia dizer, afinal
O que o professor perguntara.
"Quem afinal, descobre alguma coisa?".
Sem estepe algum, puro desespero.

E os risos cortaram o ar
Mas mesmo se curvando
E evitando rostos selvagens
Ainda uivava de dor.

-(Responda em voz alta)!
Mas mesmo que pudesse
E gritasse: "Lobotomia, lobotomia!"
quem, afinal, se importaria?

28 abril 2010

Gula!

Oh, apetitosas montanhas
Que olham conforme o balançar.
Suprem a paisagem onipresentes
Ao entardecer quente e úmido.

Aponto, e sem as mãos
desejar a carne da tua nudez.
Mas segues, pela rua afora
Me babando sem pudor.

Não ficas vermelha,
não te envergonhas?

Alcanso seu pulso
E sinto teu vigor.
Pode gritar
tentar fugir.

Pensaste que queria te comer?
Desejo apenas arrancar a carne
E sentir, não metaforicamente
teu sabor.

Ps:( "Os canibais também amam")
A idéa era brincar com histórias infantis, sobretudo da forma horrenda como elas eram contadas antigamente (a história original da "Chapeusinho Vermelho" é assustadoramente cruel). Fazer o caminho inverso da metáfora (de uma cena cruel, pouco a pouco, fazer algo doce).

Mas não ficou como eu queria, me faltaram versinhos malvados e, como de costume, acabei tentando fazer uma gracinha.
Não sei se funcionou, mas juro que tentei.

Ganância!

"É querer pedir muito", perguntou a donzela
Que tenha olhos só para mim?

Que a faca quente possa
guarda-los em um frasco
no Alcool e na estante?

Que teus dedos nunca mais,
Nunca mais,
Toquem a pele de outrem?

Que só jorres, chore e se embriague
Com pensamentos servis?

Não foi ouvida a resposta.
A garganta, com a voz de seda
Já havia sido imortalizada
na base da lâmina
As palavras de ternura.

IRA!

Quando a sensatez se mostra isopor
E afunda nas águas de egos rasos
Surge a face indignada
de quem se prefere dizer vitima,
à se confessar opressor.

Gesticula, esbraveja, geme
critica, ridiculariza
Nervos e veias saltados
na pele pálida de palhaço.

No fim, é tudo som
Fúria e Paranóia
O medo de ser
e se saber fraco.

Ataca os que pensam,
aos mberros solta cuspe
nos que o irritam por não odia´-lo.
Cuidado, senhores!
Nada mais perigoso
Vil, insano e pernicioso
Que a ditadura dos fracos.

27 abril 2010

Snoopy 4 ever


Minha lampadinha de assuntos inuteis de hoje é a seguinte:

"At the end of the Beatles’ song "A Day in the Life," an ultrasonic whistle audible only to dogs was recorded specially by Paul McCartney for his Shetland sheepdog. No wonder your beagle loves the Beatles!"

Aka, no final da musica "A Day in The Life" um ruido ultrassonico, audível apenas por cãoes, foi colocado para o cachorro de Paul.

Cultura inútil, por vezes, é divertida, não?

Quando era criança adorava o Snoopy. Mas confesso que me identificava, mesmo, era com o Charlie Brown.
Enfim, dei uma olha e achei uma imagem bacana pra deixar aqui.

Não ando com cabeça pra escrever poesia, mas besteira é comigo mesmo (minha mulher que o diga).



Essa imagem, tambpem conhecida como "pílares da criação" foi feita com um telescópio de Raio-x (o Chandra) apontado para um local onde estrelas jovens estã emprocesso de "parto".

Ao que tudo indica, nosso Sol e nosso sistema solar sairam de algo assim.

A beleza da coisa, definitivamente, é poesia poeira (ainda que estelar).
:O)