14 maio 2010

Dor de Cotovelo (ou, "Entrando nos Eixos")

Não tendo mais Gabriela
Abraçou Sergio os joelhos.

Pingando por dentro
foi seco ao telefone.

As tralhas se amontoavam
No canto da sala.
E faziam dele um traste.

-Busque suas roupas
Os sapatos, as fotos!

-Os teus discos, o mp3,
Todos badulaques!

-Deixe que se entupam
com seu novo amor.

-Abra espaço,
Se engasgue de felicidade...

E, pondo a dor nos trilhos
Deixou correr.

Trincou os dentes.
Viver.

Farofas

Foi a foice
à face
Facilmente
Se fincou
Fundo.

Finado, falecido
Enterrado, carcomido.
Agora é...
Alface!

Veredas

Sonhar é despertar aos poucos
Para a floresta que me habita.
Ter borboletas no estomago
E vagalumes faiscando nos dedos
Outrora tão firmes, tão seguros.

Desejo o Desejo.
O calor que me queima a garganta.
Sempre ferindo o sentimento
Do grito, o parto
Da dor do despertar.

Em um castelo de marfim
Impossivel, intangivel
Uma nuvem, distante, onde
Cuida do jardim, a princesa
E da princesa, o jardim.

Enquanto gela a veia,
E se evaporam as palavras
A testa se incendeia
A coragem se desfaz.

Gagueja a idéia
É falida a sensatez.
Cavaleiro sem paz
Em uma guerra perdida,
Perdido, sem voz.

13 maio 2010

Keep Walking

As espaçonaves Voyager e Voyager 2 foram lançadas há cerca de 30 anos (curiosamente, a Voyager 2 foi enviada ANTES).
Uma das coisas que elas tem como função, além de mandar imagens de planetas longíncuos de nosso sistema solar, é a de serem porta-vozes de nossa civilização para uma improvável civilização alienigna que as encontrasse um dia.
Nada mais solitário e nobre. E fútil, mas quem disse que o belo precisa ser útil?

Como "embaixatriz" cada uma delas levavam dentro de si uma placa de ouro com desenhos e musicas de nosso planeta. Segue abaixo, a quem tiver curiosidade, a lista da Voyager I (país de origem, musica, e afins não necessariamente em ordem).
A Voyager I, que deve estar atualmente a uns bons 700 ou 800 minutos luz da Terra, salvo engano cometido por culpa do Alemão, imagino tocando em especial a musica de Blind Willie, da lista abaixo:

-Bach, Brandenburg Concerto No. 2 in F. First Movement, Munich Bach Orchestra, Karl Richter, conductor. 4:40
-Java, court gamelan, "Kinds of Flowers," recorded by Robert Brown. 4:43
-Senegal, percussion, recorded by Charles Duvelle. 2:08
-Zaire, Pygmy girls' initiation song, recorded by Colin Turnbull. 0:56
-Australia, Aborigine songs, "Morning Star" and "Devil Bird," recorded by Sandra LeBrun Holmes. 1:26
-Mexico, "El Cascabel," performed by Lorenzo Barcelata and the Mariachi México. 3:14
-"Johnny B. Goode," written and performed by Chuck Berry. 2:38
-New Guinea, men's house song, recorded by Robert MacLennan. 1:20
-Japan, shakuhachi, "Tsuru No Sugomori" ("Crane's Nest,") performed by Goro Yamaguchi. 4:51
-Bach, "Gavotte en rondeaux" from the Partita No. 3 in E major for Violin, performed by Arthur Grumiaux. 2:55
-Mozart, The Magic Flute, Queen of the Night aria, no. 14. Edda Moser, soprano. Bavarian State Opera, Munich, Wolfgang Sawallisch, conductor. 2:55
-Georgian S.S.R., chorus, "Tchakrulo," collected by Radio Moscow. 2:18
-Peru, panpipes and drum, collected by Casa de la Cultura, Lima. 0:52
-"Melancholy Blues," performed by Louis Armstrong and his Hot Seven. 3:05
-Azerbaijan S.S.R., bagpipes, recorded by Radio Moscow. 2:30
-Stravinsky, Rite of Spring, Sacrificial Dance, Columbia Symphony Orchestra, Igor Stravinsky, conductor. 4:35
-Bach, The Well-Tempered Clavier, Book 2, Prelude and Fugue in C, No.1.Glenn Gould, piano. 4:48
-Beethoven, Fifth Symphony, First Movement, the Philharmonia Orchestra, Otto Klemperer, conductor. 7:20
-Bulgaria, "Izlel je Delyo Hagdutin," sung by Valya Balkanska. 4:59
-Navajo Indians, Night Chant, recorded by Willard Rhodes. 0:57
-Holborne, Paueans, Galliards, Almains and Other Short Aeirs, "The Fairie Round," performed by David Munrow and the Early Music Consort of London. 1:17
-Solomon Islands, panpipes, collected by the Solomon Islands Broadcasting Service. 1:12
-Peru, wedding song, recorded by John Cohen. 0:38
-China, ch'in, "Flowing Streams," performed by Kuan P'ing-hu. 7:37
-India, raga, "Jaat Kahan Ho," sung by Surshri Kesar Bai Kerkar. 3:30
-"Dark Was the Night," written and performed by Blind Willie Johnson. 3:15
-Beethoven, String Quartet No. 13 in B flat, Opus 130, Cavatina, performed by Budapest String Quartet. 6:37

08 maio 2010


Queria gastar outras tantas noites

Discutindo o absurdo, contigo.

Decifrando o mundo,

Abrindo a alma

E me ilundindo.

Ampulheta

Se o vidro é feito de areia
Talvez isso explique porque
Quando ando descalço na praia
Eu me sinta um caco.

07 maio 2010

Gravatas:


(*)
Há poucas coisas no mundo que não possam ser transformadas, poeticamente ou não, em coisas interessantes para serem lidas. Concordo com quem diz que escritor raramente sofre "bloqueio" em geral, mas sim, não sabe o que priorizar e como, mas as idéias estão todas ali, em algum canto.

Eu sempre adorei a frase do Barão "Enforcar-se é levar a sério demais o nó existe na garganta" (se não estiver precisamente igual, perdoem-me, mas não creio que o sentido se perca).

Li esses dias em um blog Drops da Fal - http://dropsdafal.blogbrasil.com
e que ouvi também de minha mãe sobre gravatas, ambas dando ao poeta Paulo Bonfim a autoria:

"Saio ao vento e a gravata diz adeus ao nada."

E resolvi colocar umas frases sobre gravata, mais por curiosidade minha.
Segue:

Detesto tudo o que oprime o homem. Inclusive a gravata.
(Vinícius de Morais)

Prefiro andar de bermuda com o bolso cheio a andar de terno e gravata sem nenhum tostão. (Felipão Scolalari, um poeta, um poeta)

Publicitários querem nos convencer de que vamos mais longe sem cabeça do que sem gravata.
(Rudolf Rolfs)

Elegância não se resume a dar nós em gravatas: marinheiros dão nós como ninguém e se vestem como o Pato Donald.

(Eugênio Mohallem)

*A imagem peguei no interessante "http://cartunistasolda.blogspot.com/2008/07/em-casa-de-enforcado-no-se-fala-de.html")

05 maio 2010

Escrevendo Poemas de Amor


Quem nunca se apaixonou? Quem nunca teve aquele sentimento sublime de ver o rosto da pessoa amada em todos os lugares, como na lua, na rua ou na mancha de quétichupi na gola do seu irmão? Quem nunca teve sonhos molhados ou foi pego pelo giz arremessado pelo professor com aquele ar de idiota, pensando em alguém amado (ao invés de responder a pergunta feita em sala de aula)?

Sim, Amar é andar na rua achando que todos na rua prestam atenção em você e invejam sua felicidade, é acreditar que olham através de você procurando descobrir seus segredos, que a musica do rádio foi escrita para lhe dizer algo e que o locutor falava para você aquelas palavras no rádio, que uma voz lhe dirá aos ouvidos o que fazer a todo momento, porque você é especial por amar. E sim, amar é mesmo um pouco parecido com paranóia e esquizofrenia.

Em suma, amor é um sentimento que mexe com a gente, capaz de nos fazer capaz de atos sublimes, como enfrentar filas enormes para comprar um maldito ingresso de cinema, ou de trocar um pneu no meio da chuva para ELA, ou de, com muito custo, parar de ligar bafejando na casa dela às três da manha quando o pai dela nos ameaça com o advogado DELE.

Mas este sentimento é capaz de fazer uma outra coisa conosco, nos transforma em monstros, capazes de um tipo de ato vil que nem mesmo um presidente americano seria capaz: Nos transforma em POETAS.
O mal nome que a poesia tem se deve a estes atos vis, esta capacidade inominável de que todo ser apaixonado cultiva por um outro ser vivo de tentar transpor em palavras e riam aquilo que sente.

Evidentemente existem honradas exceções, pessoas iluminadas pelo dom da palavra que realmente fazem bom uso da poesia, mas me refiro aqui aos restantes bilhões de sujeitos, em geral saindo da puberdade, cheios de testosterona e dotados de uma coisa levemente parecida com “bom gosto” e “Tendências Genocidas”. Me refiro aos cavaleiros das penas, lápis e teclados soltos pelo mundo afora que são dotados, magicamente, de impulsos criativos dados por musas no mínimo cruéis.

Nenhuma musa te prepara pra quando a garota te dá um fora, ri da sua cara ou vomita em cima de você (o que em algumas sociedades é uma forma delicada de dizer que achou o que escreveu um pouco ruim). Musas são criaturinhas pervertidas, isso sim. E pior, não querem me dar um a camisa nova de jeito nenhum. Aliás, Lacanianamente, podemos simplesmente dizer que “não querem dar para a gente de jeito nenhum”.
Ah, as musas...

Mas vejamos um exemplo prático de poesia selvagem:

Meu coração por ti retumba
Na profunda tumba de minh´alma
Cada batida de meu sofrido coração
Ecoa teu nome, reflete minha solidão.

Fico vesgo todo dia
Ao te veres na rua passando
Assim, faço uma careta para que sorria,
E sua formosa imagem vou duplicando.

Uma característica comum em casos assim é usar a segunda pessoa, mesmo quando o cara não sabe usar um tempo verbal decente, muito menos quem é essa tal “segunda pessoa”, já que ele só uma.
Também o tom dramático é algo utilizado em grande escala. Coisas como “Sofrer”, “morrer”, e outros xiliques histéricos são comuns mesmo entre os mais másculos apaixonados que escrevam poesia. Amor permite tudo, este nosso abençoado momento de loucura socialmente permitido.

Quantas vezes já nos colocamos na deprimente situação de escrever poesia em momentos de enamoramento de alguém? Por quantas mal-traçadas linhas já distribuímos nosso desejo artístico de reconhecimento sublime e obrigamos gentis donzelas a agüentarem nossos impulsos poéticos ?
O adolescente apaixonado não é um ser adorável, não é um anjo de elevada candura. Ele é um sádico, e exerce seu sadismo escrevendo poesia romântica.

“Amar. Verbo intransigente e emotivo.
Droga dos escritores, dos loucos,
dos amantes, dos brancos e dos cabloucos.

Amor, esta sublime palavra,
Este som que gritamos roucos
nos nossos corações
fazendo-nos calar.”

Viram? Fazer poesia é fácil. O difícil é fazer BOA poesia.

Qualquer um, principalmente quando está com dor de cotovelo, pode fazer poemas. Ou algum idiota com insônia armado de um blog de poesia.

Rimar “mulher” com “qualquer”, Calor e Amor, Pamonha com Sorocaba, lé com cré, ou qualquer assassinato do bom-gosto do gênero, é uma tarefa simples e indolor (pelo menos pra quem escreve). Não que advogue contra o saudável hábito de escrever. Pelo contrário, acho ótimo que tenhamos repentes de escritor. O que me assusta é a nossa incapacidade de percebermos, quando estamos enamorados ou tentando ficar de alguém, de perceber como nossos poemas são de doer.

Amar é bom, não me restam dúvidas, mas o problema de se ficar embriagado de amor, meus amigos, é a ressaca desgramenta que isso dá. Se amar estiver vontade de gritar a plenos pulmões, vá em frente. Só não escreva poesia ruim.

Nós, péssimos poetas, não deveríamos fazer isso sem autorização por escrito.

04 maio 2010

E Agora Plutão?



Plutão

E agora, Plutão?
O planetário fechou,
O Telescópio desviou,
O povo, de ti, desistiu,
A mordomia gorou,
E agora, Plutão?
E agora?
Você que é sem Classificação
Que não é mais o nono,
Que zanza por aí,
Que não é mais
Fetiche de Astrônomo

Está sem nome
Está sem Carinho
Já não pode dizer
Ser nada além
De um mero asteróde.
O interesse esfriou
O Satélite nem veio
Não és mais planeta
E a Nasa, nem Tchuns
Nem o astrólogo
Mais se interessou.
E tudo mudou
Da maquete sumiu
E agora, Plutão?

Sozinho no escuro
Qual pedra sem rumo
Que agonia
Tua lua fria
Como companhia
E você gira, e orbita
Para onde Plutão,
Para onde?

Minha História Para Esquentar Seus Coraçõesinhos...



Escrevi essa bobagem uns anos atrás.
Só pra avisar, nada do que está abaixo é verídico (jé me perguntaram meia dúzia de vezes). Acho que fui sutil demais.

Minha História Para Esquentar Seus Coraçõesinhos...

Tenho especial apreço por histórias de pessoas que se recuperaram de acidentes graves. Certa vez, após um sério acidente que prefiro não comentar, fiquei com quase todo o meu corpo imobilizado, em uma situação de dar pena, mesmo.

Minhas pernas? Não mexia...Meu tronco? Não sentia...Do meu pescoço para baixo era incapaz de saber algo. Alis, do pescoço para cima também.
Eu explico: Por causa do acidente que tive (e que por hora prefiro não entrar em detalhes) nada podia perceber da nuca para baixo. Aliás, apenas me comunicava com o mundo através de puxões e enrugamentos do meu coro cabeludo (uma situação muito, mas muito difícil, como você leitor sensível deve compreender).
Como uma Helen Keller* moderna, apenas podia notar e me fazer notar pelo mundo através de um conjunto limitado de sentido. No entanto estava vivo, apesar do terrível episódio que originou tudo isso e que, bem, ainda não me sinto disposto a discutir em público, por medo de me expor ao ridículo. O leitor sensível há de compreender, imagino.

Demorou muito tempo para que eu me apercebesse desta realidade. Apenas um leve roçar de pano por sobre meus pêlos cabeçais, ou uma pressão mais forte deste ou daquele lado me indicavam o que eu já desconfiava: sim, meus amigos, apesar da triste sombra que se ergueu sobre minha alma no estranho e depressivo dia do surgimento de minha situação, eu permanecia vivo!

Talvez não pareça muito a você sujeito que lê minhas palavras, imaginar o quão bom é uma descoberta assim. Você que acorda todos os dias de sua vida se indagando:”estarei eu vivo nesta nova man que vem me trazer os primeiros raios do Sol?”, e que sonado e meio sonâmbulo se apercebe que, sim, está vivo! Seus dedos mexem, seus pés coçam, sua barriga se enche e se esvazia com o ar passando para dentro e para fora de você, e sua esposa resmunga algo indecifrável e se vira para o lado e dorme. Mas sim você está vivo. E provavelmente continuará por inúmeras manhas despertando assim, até que não esteja mais vivo e daí, não mexer os pés vai ser a menor de suas preocupações.

No entanto, para mim, que vivenciei um episódio de grave risco de vida e sobrevivi, digo que esta descoberta há de ser das mais maravilhosas do universo.E na manha que me descobri vivo, quanta alegria, que gozo intenso ao me saber possibilitado de mexer uma parte ínfima, mas relevante, de minha própria prisão carnal.
Sabia que se mexesse o meu abençoado couro cabeludo por tempo suficiente alguém acabaria por notar, em pouco tempo, a novidade e alguma esperança de vida novamente poderia me encher de júbilo e aquecer meu coração com contato humano, outra vez.
Assim, passei a praticar diariamente , no princípio com certo esforço, mas posteriormente com desenvoltura e elegância a musculatura correspondente. Sentia a pia matter se recostando na duramatter e ambas envoltas pelo tecido aracnóide, indo e vindo, indo e vindo, cada vez com mais força. Que gozo sideral!

Demorou apenas uns três anos e um toque se fez sentir a cada mexida que dava, a cada repuxão um belisco ou carinho ou pressão correspondente. Alguém sabia que eu estava lá. Descobri mais tarde, que a pessoa que tanta atenção me dedicou era minha futura esposa, Abgail, a doce, que tanta atenção dava a face de um desconhecido semi-inconciente.

Ah, Abgail, como te amei naquele dia, e como te amaria fosse você uma Elizabete, uma margarida ou um Janjão. Doce Abgail, este relato é para você.
Me sabendo de alguma forma recompensado por meus esforços, me empenhei ainda mais em minha atividade capilar, exercitando a cada manha , a cada tarde e a cada noite mais e mais minha habilidade, meu único passatempo.
E consegui estabelecer, em questão de dias,um complexo sistema de comunicação com Abgail, isso é importante, onde cada pequena mudança, cada arrepio ou contração podia ter significados diversos como “leve-me-para-apanhar-sol”, ou “Erga-minhas-pernas em-um-ângulo-de-25 º “ com igual desenvoltura.
E a cada dia apareciam novos sensações corporais, novos pedacicos de meu corpo pareciam formigar para, lentamente, se tornarem novamente percebidos. Ò Celestial êxtase, que lindo foi o dia que consegui mexer e sustentar por 3 segundos todo o peso de meu dedo mindinho.

E assim, fui mexendo as falanges, uma a uma, os dedos dos pés, um a uma, a sobrancelha, o nariz, sempre em passos lentos porém com o sabor de conquista a cada uma destas pequeninas vitórias.
E voltei gradualmente a enchergar (primeiro pequenos borrões, depois toda a luz que entrava pelo quarto, a ouvir, a cheirar, podia começar, gradualmente, a movimentar as mãos, os pés.

Fui a cada semana pondo um novo músculo para funcionar, a cada mês fazendo movimentos com maior preci~soa e dextreza. O primeiro punho fechado, a primeira piscadela, o primeiro palavrão ao sentir que a cadela da Abgail havia apoiado seus cotovelos em cima das “jóias de família” (desculpe se a insultei, doce Abgail, mas sua lembrança junto de mim é tão agradável que mesmo momentos de agonia parecem, em retrospectiva, gozo celestial e êxtase eterno).
Assim me levantei, assim falei, assim me tornei novamente um homem.
Apenas com amor, com atenção e com muito empenho e sinceridade no coração me tornei alguém novamente.

Que estas palavras enluvem seu coração, que sejam como o beijo da pessoa amada (hnn Abgail, sua safadinha) e o hálito da primavera de sua vida.
E que nunca passem pelo tipo de situação embaraçosa como o acidente que causou tudo isso, mas que, me desculpem, já é tade demais para relembrar!
Qua a luz ilumine seus caminhos, afaste todas as dúvidas e transforme suas manhas em coisas bonitas!
Beijocas puras em seus corações!


* Como o leitor deve saber, Helen Keller era surda, cega e, por sorte, muda. Se falasse diria constantemente coisas como “Quem foi o F&&*¨¨¨&% que botou essa mer**& de Mesa aqui no caminho e não me falou??

** Foto obtida em http://fotocomedia.com/bad.gif