07 junho 2010

Kolgate

Galgava as ruas com quinquilharias
Vendendo de tudo,
e ninguem comprando nada.

Abria os dentes para portas fechadas
Um doce olhar contra o azedume.

Quicava de porta em porta em porta.
Subia e descia, fazia-se ossos ambulantes

Um dia João resolveu vender seu riso
Para um anúncio de chicletes.

Não ficou rico, nem famoso
Quicando.

Morreu cariado em uma calçada
Surrado, por entre os dentes.

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