28 junho 2009

Celebridades Notórias

Tenho visto e ouvido alguns comentários sobre Michael Jackson, sobre como uma pessoa que aceta 1000 vezes e erra apenas uma fica conhecida por seu erro, etc etc. Falando sobre o fato dele ter aparentemente violentado meninos de 10 ou 11 anos.

Também ouvi que tanto ele quanto Simonal, o alcagoete mais famoso da MPB nacional, estariam sendo injustiçados, entre outras coisas, por serem negros.

O primeiro argumento é relativo. Michael Jackson pode ter defendido causas humanitárias, mas isso não altera, em nmada ter sido acusado, por duas vezes, de cometer atos hediondos. Tenho pena dele pelo que, aparentemente, sofreu nas mãos de um pai sociopata e estuprador. Mas igualmente sinto pelos meninos que, apoarentemente foram suas vitimas (e pouco me importa que ele não tenha sido considerado culpado. Há grande diferença entre uma pessoa ser inocente e não ter sua culpa provada. Digam o que quiserem, quantos adultos deixariam seus filhos dormir na mesma cama que um adulto?). Uma pessoa pode atingir mais de uma esfera, ser médico e monstro, fazer coisas excelentes, e nem por isso, deixar de ser um filho de uma puta (felizemente o blog [é meu e não preciso poupar palavrões).

Já a argumentação de que "são artistas negros e por isso, perseguidos" beura uma paranóia perigosa. Sim, existe racismo, mas o mesmo tipo de alegada perseguição não ocorreu com Milton Nascimento, com Tim Maia, com Jorge Benjor ou Jair rodrigues aqui. Nem com Steve Wonder, Lenny Kravitz e afins por lá.

Também, e no caso falando sobre Simonal, existe um problema: Documentos trazidos à baila de discussão semana passada, pela Folha de São Paulo (Caderno Mais!) apontam que Simonal era informente do DOPS. Que a pessoa seja de direita ou esquerda, nada me consta que seja imoral, ilegal ou engorde. Mas dedurar colegas, pessoas próximas, amigos e afins, bom, aí trata-se de um buraco bem amis embaixo.

Algumas das vozes dizem assim "Mas ele ERA um baita cantor!", sim e Hitler amava crianças, as artes, e tirou seu país de uma recessão. O exemplo extremado tem a função aqui de lembrar (tal qual uma propaganda, por coincidência da Folha, de quase 20 anos atrás dizia) que é possível se falar mentiras contando apenas verdades.

Existe um livrinho de especial apreço por mim nos ultimos tempos chamado "Celebridade" (fico devendo o autor por hora), que diferencia uma pessoa célebre por suas qualidades, de outra, com "notoriedade" por seus defeitos.

Uma celebridade pode ser "notável" e ainda ter qualidades. Mas ter qualidades, em absoluto, apaga seus defeitos. Quando é possível, o ideal é nos lembrarmos de ambos.

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