23 março 2009

Uma estória de assassinato

Se algum dia fosse fazer um livro policial, começaria mais ou menos assim:

Enebriante desce a noite, vestida por Berenice.
Escada abaixo, com quadris que chacoalhavam o mundo.
Ela olhou para e atravéz de cada um dos presentes. Cada gesto, cada olhar, cada lábio abrindo-se macios para o mundo.

Berenice ascendeu com um cigarro. E subitamente, os outros é que ficaram sem fôlego.

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Sempre achei que o grande problema de um crime perfeito é que, para ser perfeito, não poderia ser contado para outras pessoas, jamais. Um crime perfeito ninguém sabe que aconteceu. Não deixa testemunhas.

Mas mataria Berenice (uma pequena e óbvia homenagem ao Tio Edgar). Ninguém se importa se uma história de assassinato tiver um Zé Ruela. Às vezes, nem mesmo o Zé Ruela.
Machismo puro, confesso.

E teria um policial com algum tipo de problema pessoal. É, nada muito criativo, eu sei. Tipo sei lá, hemorróidas. Hum, talvez não hemorróidas. Cirrose! Sim, cirrose seria perfeito.
E uma ex-mulher. Seu nome seria algo que fosse quase-completa, mas não totalente, diferente de Poirot.
E ele teria um animal de estimação. Um cão surdo, um coelho carnivoro, algo assim.

Seria péssimo, péssimo de briga. Senão ele faria como o Batman e usaria "seus incríveis poderes detetivescos" para espancar informantes (obrigado Aragonés).

Gostaria de palavras cruzadas. E, definitivamente, seria o assassino.

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